De acordo com a definição da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), aterrar eletricamente significa colocar as instalações e equipamentos no mesmo potencial. A norma NBR 5419 traz todas as informações e diretrizes para conduzir as adequações para uma perfeita estruturação contra descargas elétricas.
Além de garantir o funcionamento adequado da instalação e a segurança quanto a fenômenos que possam comprometer o funcionamento adequado dos equipamentos, o aterramento possui outros objetivos:
- Proteção da integridade física das pessoas;
- Facilitar o funcionamento de dispositivos de segurança;
- Descarregar cargas eletrostáticas da carcaça de equipamentos em geral e;
- Proteção de equipamentos específicos como CNC, tomógrafo, ressonância magnética, ordenha robotizada.
O aterramento é um sistema que consiste no direcionamento de possíveis correntes de fuga para a terra. Tal direcionamento é feito através da conexão das instalações elétricas a um componente condutor. Este, por sua vez, é responsável por dispersar a corrente para a Terra.
O sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) pode ser dividido em três subsistemas:
- Subsistema de aterramento: Parte do SPDA externo destinada a conduzir e a dispersar a corrente de descarga atmosférica na terra. Este elemento pode também estar embutido na estrutura;
- Subsistema de subidas/descidas: Parte do SPDA externo destinada a conduzir a corrente de descarga atmosférica desde o subsistema captor até o subsistema de aterramento. Este elemento pode também estar embutido na estrutura;
- Subsistema de captação: Parte do SPDA externo destinada a interceptar as descargas atmosféricas. Um subsistema de captação possui três métodos de cálculo. Estes métodos são descritos no item 5.2.2 da NBR 5419:2015-3 e são eles:
- Método das Malhas (comumente conhecido como Gaiola de Faraday);
- Método do Ângulo de Proteção (conhecido como Franklin);
- Método da Esfera Rolante (conhecido também como Modelo Eletrogeométrico);